O presidente Michel Temer criticou na noite desta segunda-feira as “medidas populistas” de governos anteriores, que geraram déficit fiscal e defendeu a necessidade de aprovação da reforma da Previdência. Para uma plateia de empresários, na abertura da Futurecom, feira do setor de tecnologia e telecomunicações, em São Paulo, Temer destacou a implantação do teto de gastos para limitar as despesas do governo.

– No Brasil, em face de medidas populistas do passado, lançaram planos e mais planos que geraram um déficit extraordinário – disse o presidente.

Temer citou que, além do teto de gastos, seu governo promoveu a “simplificação da legislação trabalhista” e a reforma do ensino médio na Educação. A “quarta reforma” será, segundo o presidente, a da Previdência.
– Temos que fazer a reforma da Previdência. Os dados da Previdência são do período em que o homem vivia até 60 anos ou 65 anos. Hoje, ele vive 80 ou mais anos. Daqui a pouco, viverá 140 anos. Então, é preciso fazer reformulações permanentes no sistema previdenciário.

O presidente destacou ainda que o governo pretende trabalhar por uma “simplificação tributária”.

No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a economia brasileira já apresenta sinais “sólidos de recuperação”. Meirelles destacou que a recuperação do emprego “antes do que os analistas esperavam”.

– O Brasil já está num ritmo de recuperação sólida e cada vez mais vai surpreender os analistas.

De acordo o ministro, a economia terá crescimento mais forte no próximo ano.

– Entraremos no ano de 2018 crescendo num ritmo superior a 2% ao ano. Para 2018, a projeção média dos analistas é um crescimento de 2,31%. Nós acreditamos que essa taxa poderá bem maior.

Para Meirelles, o país inciará, a partir de agora, um período de inflação baixa combinada com redução dos juros.

– Esse ciclo de crescimento será o mais longo que vivenciamos nos últimos tempos. Temos uma previsão de taxa de juros mais baixa por um período bastante prolongado.

Fonte: Extra