A previsão do Iprev é no caso do parecer judicial que suspendeu a cobrança de 14% dos aposentados e pensionistas do Legislativo se estenda para os inativos do Executivo
O governo do Estado prevê uma perda de aproximadamente R$ 600 milhões, para o próximo ano, em caso da decisão judicial 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis que suspendeu a cobrança de 14% dos aposentados se estenda para os inativos do Poder Executivo. Inicialmente, a decisão abrange apenas os aposentados e pensionistas do Legislativo.
A Lei Complementar nº 773, que alterou o regime próprio de previdência de Santa Catarina, aprovada pela Assembleia Legislativa no início de agosto e sancionada pelo governador Carlos Moisés (sem partido) entrou em vigor, em novembro.

O novo regime de previdência reduziu a isenção da alíquota de contribuição previdenciária, na qual serão descontados 14% para quem que recebe até o teto do RGPS (Regime Geral da Previdência Social), no valor de R$ 6.433,57. Essa medida incidiu nos vencimentos de 75% dos aposentados e 77% dos pensionistas do Poder Executivo.
Para este ano, a previsão é de uma possível perda de R$150 milhões.
“Não tem como calcular de imediato, pois os efeitos recaem sobre os servidores vinculados aos respectivos sindicatos. Não sabemos quantos e quem são. Para o executivo, em primeiro momento não haverá maiores reflexos, contudo se proliferado este entendimento, o prejuízo neste ano é de aproximadamente R$ 150 milhões este ano”, disse o presidente do Iprev, Marcelo Panosso Mendonça.

Segundo o governo do Estado, essa alteração no regime previdenciário da alíquota de 14% já teve efeito nas folhas de pagamento de novembro e, possivelmente, nas de dezembro e no 13º salário dos aposentados e pensionistas. O que equivale a uma redução de aproximadamente R$ 250 milhões no desembolso, por parte do governo, para o sistema de previdência.