O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, disse que as projeções que constam do Orçamento de 2018 apontam para um cenário de crescimento mais moderado da dívida pública e estabilização a partir de 2020.
Dyogo reapresentou, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, os números que mostram que a dívida bruta deve chegar a 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, atingindo pouco mais de 80% no ano seguinte e se estabilizando nesse nível.
Já a dívida líquida tem uma trajetória de alta um pouco mais intensa, mas também tem tendência estabilização a partir de 2020, segundo Dyogo.
O ministro destacou que o grande desafio para o governo permanece na área fiscal, com o reestabelecimento da saúde das contas públicas. “O espaço para alocar recursos no Orçamento é tão pequeno que basicamente só dá para manter o funcionamento dos órgãos. Será preciso fazer revisão de gastos, como já estamos fazendo, mas inevitavelmente passa pela reforma da Previdência.”
Dyogo citou, como exemplo, que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de 2018 terá apenas R$ 26 bilhões.
A estimativa do governo é reduzir de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões em despesas com auxílio-doença.
Segundo Dyogo, o processo de redução das receitas federais continua e em 2018 está 2 pontos percentuais abaixo da média histórica. Na outra ponta, a despesa discricionária será cerca de R$ 5 bilhões maior do que em 2017, um crescimento pequeno se comparado com a trajetória das despesas obrigatórias. Ele lembrou que a despesa com Previdência subirá quase R$ 37 bilhões ante 2017.
O ministro reiterou que o governo não está fixando salário mínimo na revisão orçamentária, já que o valor é definido por lei.
Via Valor Econômico