Um trabalho conjunto iniciado em maio entre a Auditoria Geral da Secretaria de Estado da Fazenda e a Controladoria Geral da União (CGU) foi concluído nesta quarta-feira (16) com a entrega de informações obtidas a partir do cruzamento de dados estaduais e federais relativos à folha de pagamento. Durante reunião com Gilson Libório de Oliveira Mendes, diretor de Pesquisas e Informações Estratégicas e Luciano Trindade Altoé, coordenador de Projetos da CGU, foram apresentados os resultados dos cruzamentos realizados em 14 trilhas a partir de oito bases de dados em 84 órgãos do governo estadual. Foram avaliados 150,9 mil servidores, incluindo inativos. Em 5,99% do total (9 mil servidores) foram encontrados indícios, que serão analisados individualmente na próxima etapa. A partir de agora a Auditoria Geral colocará uma lupa para verificar cada caso e comprovar se há má fé ou se são situações excetuadas por lei, explica Augusto Piazza, diretor de Auditoria Geral da Fazenda. A parceria entre as instituições consolida o Observatório da Despesa Pública de Santa Catarina, primeiro estado da Federação a aderir ao modelo proposto pela CGU.
Entre os indícios, os auditores identificaram pagamentos indevidos, acumulação de cargos públicos irregular e a relação societária entre servidores estaduais e empresas contratadas pelo Governo do Estado. De acordo com Piazza, ações de inteligência da Fazenda passam a partir de agora, a trabalhar para confirmar in loco as situações. O Observatório da Despesa Pública de Santa Catarina utiliza a tecnologia para colocar em prática uma verdadeira malha fina dos gastos. O objetivo é um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, providência essencial nos atuais tempos de crise, completa.