O Brasil fechou o trimestre de fevereiro a abril com taxa de desemprego de 13,6%, o que indica uma leve retração no ritmo de perda de vagas frente ao trimestre janeiro a março, quando a taxa ficou em 13,7%, informou a pesquisa Pnad do IBGE. Mas o país tem 14 milhões de desempregados, o que consiste no maior problema econômico e social da atualidade. Esse quadro poderia estar melhorando mais rápido se não fosse a crise política, com incerteza sobre o futuro do presidente Michel Temer, que não quer deixar o cargo. Como há um consenso de que as reformas são um compromisso de país, um novo governo teria mais credibilidade para acelerar esse processo.
Mas, para os menos pessimistas, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), avaliou que a Pnad desta quarta traz quatro pontos positivos: a desaceleração do desemprego, o que não ocorria deste o início de 2015, a melhor atuação daindústria, a desaceleração da inflação e a volta ao positivo da massa de rendimentos. De fevereiro a abril a indústria do país fechou 220 mil vagas, vem menos do que no mesmo período de 2016, quando fechou 1,6 milhão. E o valor do rendimento real médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.107 em abril, 2,7% mais do que no mesmo período do ano passado.
Esta Pnad não traz dados estaduais, mas estes foram divulgados dia 18 do mês passado e mostraram que a situação do emprego piorou muito em SC. A taxa de desemprego, que estava em 6,2% no final do ano, subiu para 7,9% no final do primeiro trimestre, a maior alta desde 2012. Santa Catarina tinha em março 297 mil desempregados, o equivalente a quase a metade da população de Joinville, a maior cidade catarinense, que tem cerca de 570 mil habitantes. O Estado segue com a menor taxa do país, mas o setor público e empresas devem se emprenhar mais para gerar postos de trabalho.
Via DC – Coluna Estela Benetti