O Brasil deverá ter 26 plantas frigoríficas habilitadas a exportar para a China até junho deste ano, o que pode representar cerca de US$ 520 milhões em vendas para o país oriental. O anúncio foi feito na manhã de terça-feira, 19, pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, depois de receber em audiência o ministro chinês da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena, Zhu Shuping.
Ainda na manhã de terça, a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, oficializaram a liberação da venda de carne bovina para o mercado chinês, embargada desde 2012. A presidenta recebeu o primeiro-ministro chinês em solenidade no Palácio do Planalto.
Do total de plantas habilitadas, nove frigoríficos (oito de bovinos e um de aves) tiveram a habilitação oficializada, junto com a assinatura do fim do embargo da China à carne brasileira.
Segundo a ministra Kátia Abreu, o governo chinês se comprometeu em liberar as 17 plantas restantes em junho, durante visita oficial da ministra ao país oriental. “Entreguei toda a documentação em inglês para o ministro. Ele saiu daqui com a promessa de uma cooperação rápida, de que tem toda disposição de ajudar”, disse.
Ferrovia Transoceânica
A presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinaram um plano de cooperação até 2021. Os dois países firmaram 35 acordos, entre eles um que trata de estudos de viabilidade para construção de uma ferrovia que ligue o Brasil ao Oceano Pacífico, passando pelo Peru, chamada de Ferrovia Transoceânica.
“A ferrovia vai cruzar o país de leste a oeste, portanto, o continente, porque ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico. É um novo caminho que se abrirá para a Ásia, reduzindo distâncias e custos. Um novo caminho que nos levará diretamente ao Pacífico, até os portos da China”, explicou Dilma, em declaração de imprensa, após a assinatura de acordos com o chinês.
Segundo Dilma, os atos assinados hoje representam investimentos de US$ 53 bilhões e abrangem áreas de planejamento estratégico, infraestrutura, transporte, agricultura, energia, mineração, ciência e tecnologia, comércio, entre outras.
Via Economia SC