A pressão da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) sobre a Celesc e Aneelpara impedir um alto reajuste na tarifa de energia elétrica teve efeito positivo, pelo menos parcialmente. A majoração foi menor do que o mercado projetava, na ordem de 3,59%, em média, para a categoria de alta tensão, que compreende o segmento industrial.
Para o presidente Glauco José Côrte, a decisão da Aneel mostra que a reiterada defesa feita pela indústria para que Santa Catarina tenha um tratamento justo na cobrança da tarifa de energia surtiu efeito. Em meados de julho, a entidade encaminhou ofícios à Aneel e Celesc com o pedido de suspensão do aumento.
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Apesar do reajuste menor do que o esperado – e que significou alívio parcial para o setor produtivo no Estado – as entidades criticaram a decisão e querem pedir pagamento escalonado do aumento.
– Qualquer aumento nesse momento é negativo para a recuperação da indústria e da economia, mas vamos sentar com o presidente da Celesc para ver a possibilidade de um parcelamento para que o setor industrial principalmente – disse Côrte.
De acordo com o economista Danilo Kuhnen, assessor da Câmara de Energia da Fiesc, somados os reajustes de março e agosto com a incidência da bandeira vermelha, a alta para o consumidor chega a 47% este ano.
Efeitos para a agroindústria
O aumento pode parecer pequeno, mas em contas gigantes, o rombo aparece. A Cooperativa Central Aurora Alimentos paga cerca de R$ 20 milhões por mês em energia e esse novo aumento (3,59%) representa mais R$ 700 mil mensais. O presidente, Mário Lanznaster, disse que esse é mais uma alta que se soma a uma escalada que castiga as indústrias. Ele desabafou:
– Estamos perdendo a competitividade internacional com esses reajustes de preços administrados pelo governo que anulam todo o esforço de busca de eficiências das empresas.
Via Clic RBS