O presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo Cesar Lopes, diz que a entidade está participando das negociações sobre a alta da carga de ICMS devido a corte de incentivos e vê com preocupação eventuais consequências aos menos favorecidos caso as alíquotas sejam majoradas. 

— Ratifico que o setor supermercadista não forma preços, sendo a última ponta da cadeia, sofrendo impacto da carga tributária anterior. Estamos acompanhando e participando das negociações com o Estado e Alesc (Assembleia Legislativa de SC), com vistas a uma solução rápida e que produza o menor impacto para o consumidor. Reitero que todas as experiências de aumento da carga tributária nunca deram o resultado desejado. O governo arrecada mais e a conta sempre acaba mais pesada para a faixa mais humilde, que precisa gastar praticamente tudo o que ganha com itens de subsistência — alerta Lopes.

Logo que saíram novas alíquotas de itens que eram da cesta básica, a área tributária da Acats informou que mais de 2 mil itens poderiam ficar mais caros. Depois, com a inclusão de 17% para defensivos agrícolas, a entidade estimou que 17 mil itens podem ter preços majorados. 

Agronegócio

Outro contraponto ao governo catarinense sobre os riscos de aumentar a carga tributária ao agronegócio vem do Brasil. Os setores público e privado do país estão preocupados com eventuais restrições a produtos do agronegócio brasileiro lá fora devido à enxurrada de críticas mundiais às queimadas na Amazônia. É que o setor tem sustentado o superávit da balança comercial brasileira, equilibrando o dólar e as demais contas. Também em SC o agro é o responsável pelo superávit comercial. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti