A arrecadação total do Estado registrada até 31 de maio foi de R$ 2,98 bilhões, um crescimento de 59,2% na comparação com maio de 2020
A arrecadação total de Santa Catarina registrada até 31 de maio foi de R$ 2,98 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 59,2% na comparação com maio de 2020, mês fortemente impactado pela pandemia.
Se for considerado apenas o ICMS, o crescimento chega a 65,2%, com R$ 2,33 bilhões arrecadados somente com o imposto. As informações foram divulgadas e analisadas pelo Sindifisco (Sindicato dos Fiscais da Fazenda do Estado de Santa Catarina), nesta semana.
De acordo com o presidente do Sindifisco, auditor fiscal José Antônio Farenzena, o Zeca, embora a base comparativa seja de um período bastante deprimido economicamente pela pandemia, o desempenho é digno de comemoração.
“O Governo do Estado pode contar com uma arrecadação tributária sólida, que se mantém e cresce a olhos vistos. Em termos reais, considerando que em maio passado tivemos uma queda de quase 25% na arrecadação total e descontada a inflação de todo o período desde maio de 2019, que era uma base mais real, anterior à pandemia, crescemos 15%, o que é um grande feito no atual contexto”, avalia.
Zeca relaciona o desempenho positivo diretamente com a ação fiscal e cita entre os exemplos a plataforma “Malhas Fiscais”, desenvolvida pelos auditores fiscais para monitoramento e fiscalização.
Enquanto em maio de 2020 todos os setores apresentaram desempenho negativo, em maio deste ano a situação é bem diferente e os números retratam a boa recuperação e o aquecimento da economia.
Destaques por setor
Entre os destaques de maio estão o desempenho do setor de automóveis e autopeças (309,6% de crescimento) e a indústria têxtil (143,9% de incremento). A exemplo do que vem ocorrendo mês a mês, o setor de materiais de construção segue crescendo: 79,7% de incremento agora em maio.
De acordo com o diretor Sérgio Pinetti, embora a arrecadação mantenha a tendência de crescimento nos últimos meses, é importante estar atento aos riscos que podem comprometer o bom desempenho da economia catarinense.
Um deles é o anunciado agravamento da pandemia (a chamada terceira onda), que pode trazer restrições à atividade econômica.
“A falta de componentes eletrônicos é outro fator de alerta, pois afeta não só a nós, mas ao mundo todo e, mais diretamente às indústrias catarinenses de veículos automotivos, eletrodomésticos e de automação industrial”, diz.
Via Notícias do Dia – Coluna Karina Manarin