Dois produtos importantes do agronegócio catarinense, a cebola e a sardinha, são beneficiados com decisões do Comitê Executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Os técnicos elevaram a alíquota do imposto de importação de cebola de 10% para 25% para o ano que vem. No caso da sardinha, diante da falta do pescado no litoral brasileiro, a decisão foi zerar a alíquota para a importação de 50 mil toneladas congeladas por seis meses. Assim, as indústrias de conserva de pescados do Estado podem elevar o nível de produção. Pela falta de atum e sardinha, a Gomes da Costa suspendeu a produção de enlatados desses dois itens no final de outubro.
As duas medidas atenderam apelo do mercado junto ao Ministério da Agricultura. No caso da cebola, a alíquota maior foi uma solicitação da Associação Nacional dos Produtores de Cebola (Anece) porque o preço de importação de alguns países estava inferior ao custo de produção no Brasil, o que deixava vulnerável a atividade para pequenos agricultores das regiões Sul e Nordeste do país. A volta à Tarifa Externa Comum do Mercosul, que é 10%, será gradual. Em 2019 a alíquota será 20% e em 2020, 15%.
Santa Catarina é o maior produtor de cebola do país. Respondeu por 36% da área plantada na safra deste ano, quando conseguiu colheita recorde de 630 mil toneladas. Segundo a Empresa Agrícola de Extensão Rural (Epagri), a produtividade foi destaque. A produção média por hectare ficou em 29,7 toneladas e alguns produtores chegaram a 50 toneladas por hectare. A atenção do ministério com o equilíbrio diante da concorrência internacional é importante porque o país deve ter forte produção própria.
Via DC – Coluna Estela Benetti